quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Dualidades

Colorido
O mar para um poeta transcende o real. Uma árvore é para ele uma floresta. Uma bandeira, uma nação. Uma viagem, simplesmente a descoberta.
Ser poeta é pensar em grande, transpor todas e quaisquer barreiras da lógica. Todo um oceano de palavras está ao alcance deste feliz empregado da língua. Com a coragem de um leão ele habilidosamente cria belas linhas para todo o mundo contemplar mas que poucos vêm.

Sem Cor
Sentado no sopé do seu pedestal, Bocage espanta-se com o degredo em que a sua nação se tornou. O famoso escritor, agora como que uma figura sólida e imóvel à saída do metro, tem os olhos postos numa janela onde uma senhora reza o terço dentro do seu quarto. Virão tempos melhores?
Este espelho ao seu lado, reflecte-nos a nós ou aquilo que gostávamos de ser? Onde está a verdade?

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