segunda-feira, 5 de março de 2012

O dilema do fumo e a vontade de crescer


Cada vez mais tenho reparado em crianças de cigarro em riste. Quando me refiro a crianças não se trata de um nome que reforça a minha diferença de idade: são mesmo crianças.
Nos meus passeios já é quase certo que, mal passe por uma escola secundária, encontro logo adolescentes a experimentar «o fruto proibido». Até aí consigo tolerar, mas a situação azeda quando vejo miúdos com pouco mais de dez anos de cigarro na mão. Serão as influências de terceiros? Serão vítimas de uma lavagem cerebral involuntária dos média?
Parece que as gerações seguintes crescem a uma velocidade estonteante. Mal saem do útero agarram-se ao biberão, que o descartam pelo café e o largam pelo cigarro. Têm tanta correria para crescer que nem desfrutam da infância. São «senhores» de palmo e meio sem qualquer tipo de responsabilidade.
No meio disto tudo qual será o papel dos pais? Infelizmente (ou felizmente) o dinheiro não cresce nas árvores, então tento perceber como nascem esses pequenos cilindros nas mãos de crianças de apenas doze anos.
Ver este tipo de situações só reforça a minha opinião que o problema do país está na Educação. Estou a falar da transmissão do saber pelos pais e não do ensino escolar. É um tema complexo porque é difícil para os pais conseguir evitar que os seus rebentos sejam corrompidos pelo exterior mas o seu papel é fulcral!
A esperança média de vida tem vindo a crescer nos últimos anos devido aos avanços na saúde e a mudanças de hábitos alimentares. No entanto, temo que possamos estar a criar uma geração movida a nicotina. Não vejo mal nenhum que uma pessoa adulta fume, pois já é responsável pelo seu destino, dói-me é ver crianças de cigarro em riste, seduzidas por sensações que procuram e que poderão levá-las à sua perdição… na mais completa ignorância.  

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